sexta-feira, 15 de maio de 2009

Ping-pong: Rodrigo Capella

Amanhã o escritor Rodrigo Capella estará na feira do livro para debater O futuro da literatura catarinense. Na ocasião o também poeta, jornalista e roteirista defenderá a importância do twitter, facebook e dos blogs para a literatura catarinense e brasileira. Capella, que publicou o primeiro livro aos 16 anos e ao longo da carreira lançou livros polêmicos, como o Como mimar seu cão, e sucessos que estão sendo adaptados para cinema, como o Transroca, o navio proibido, conversou com a gente sobre as mídias digitais e sua relação com a literatura. Confira!

Rodrigo, você participa de diversas comunidades virtuais. Em que medida estes instrumentos, associados aos veículos digitais beneficiam escritores e jornalistas?
Capella: Ao utilizar essas ferramentas virtuais, os escritores conseguem mostrar o seu verdadeiro talento, conseguem se expor, romper barreiras. Atualmente, quem não tem blog não é escritor. O escritor precisa do blog para tudo, para se expressar, ouvir os leitores e para trocar experiências. O Twitter e o Facebook são um algo a mais, são interessantes porque estão sendo descobertos aos poucos pelos escritores. Essas ferramentas são importantíssimas para construimos a democracia literaria e para os escritores terem uma maior liberdade e serem mais valorizados.

Você acredita que os veículos digitais têm poder para influenciar os
tradicionais? Como?
Capella: Já estão influenciando. Por que o Fantástico abriu um Twitter? Para não perder a corrida. Por que boa parte dos jornalistas tem Twitter? Para se sentirem informados. Hoje, eu recebo toda a informação de que preciso via Twitter. Não preciso acessar qualquer outro veiculo. As midias digitais são importantissimas e nelas estão incluidas as midias sociais, como o Twitter.
Como você enxerga a relação dos jovens com os meios virtuais e com os livros?
Capella: Os meios virtuais sustentam os livros, são um caminho para o leitor atinguir o orgasmo literário, que é a leitura plena. O livro não morrerá jamais, até porque o livro não é uma mídia e sim um meio de prazer. Sem os livros, as pessoas não pensam, ficam caducas e tendem a morrer.

Qual conselho você daria aos estudantes de jornalismo?
Capella: Todo estudante de jornalismo deve se interessar por Twitter, Orkut e Facebook. Essas ferramentas são obrigatórias! O futuro jornalista precisa entender que, cada vez mais, vivemos a era do conteúdo interativo e da Internet. Sem internet e interatividade as coisas não fluem.

Lembrando que o debate acontece sábado as 15:00 horas no palco central da 2a. Feira Catarinense do Livro, no Largo da Alfândega.

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